Algo estranho começou em mim, aperto no coração, olhos umedecidos, uma sensação tão estranha. Saudades. Isso me causou raiva, sim, uma raiva enlouquecedora de mim . Como eu podia sentir a falta daquele ser depois de tudo que disse?! Mesmo aqueles momentos incríveis , mas nada foram além de dias felizes , mas que passaram . Como dizer isso ao meu coração burro? – sem chance. Ele nunca entendeu que não se devem guardar sentimentos que o machucam que há pessoas que não merecem está nele e deveria a séculos ser deletados . Mas vê-lo depois de tanto tempo ainda me deixava sem graça, por tudo o que fiz, eu morria de vontade de abraçá-lo novamente e poder o chamá-lo de irmão, que loucura, isso nunca mais iria acontecer.
Aqueles olhos me trazem ainda tantas lembranças, tão intimidadores, até fico meio constrangida de olhá-los. Como seria bom apagar tudo aquilo da minha memória, mas já era algo impossível de si fazer, foi alguém essencial para mim, sempre disse para quem quisesse ouvir que ele era para mim algo insubstituível, e foi , mas não vivemos apenas de lembranças e as boas que restaram foram sufocadas por aquelas palavras fora de contexto , sem explicação , sem sentimentos .
A parti dali ele morrera para mim, embora aquele alguém antigo ainda me fizesse companhia nos dias de tristeza e fosse a primeira pessoa que lembrasse quando estava feliz.
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