Sou terrivelmente instável e entender as minhas reações é coisa que às vezes nem eu mesmo consigo.
- Caio F. Abreu

domingo, 31 de outubro de 2010

[...] Foi como separar um irmão de mim .


Eu o conheço desde que me entendo por gente.O máximo de distância que nos separava era mais ou menos uns 20 m,eu morava em uma rua e ele na outra.Estudou comigo desde o maternal,até que ontem ele teve que partir para outro estado.Ele já havia me falado dessa viagem,mas prefiro não me despedir até o último momento – odeio despedidas - acho que todo mundo é assim.Relembramos nossos momentos de criança e ríamos descontroladamente,como sempre em que ele estava ao meu lado.Lembrei também que quando éramos guris ele dizia que gostava de mim,mas isso tudo terminava em risos – nunca o levei muito a sério – e rimos ... rimos.

Ontem,quando algumas pessoas falavam , agradeciam pela sua presença todo esse tempo,me debrucei em lágrimas,típico de mim – abaixei a cabeça e comecei a soluçar – ele não viu e acho melhor assim,mas foi como separar um irmão de mim,uma parte do meu coração foi com ele,um nó na garganta me sufoca agora,um choro preso na que não conseguirei segurar por muito tempo.Então,apenas o abracei em um breve e silencioso adeus.


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